Depois de muita procura encontrei os aparelhos auditivos dentro de dois estojos prateados que usava antes de fazer o Implante Coclear. Faz oito meses que lhe disse o último adeus, nunca mais iria voltar a ouvir com um deles, excepto o direito apesar de receber na mesma, poucos resíduos auditivos.
Ao colocar a prótese auditiva no ouvido direito e ligado, assemelhei-o a um tubo de escape de um carro enferrujado e desgastado a verter pequenos pingos de óleo na estrada, deixando o seu rasto viscoso pintado a negro. Metaforicamente falado, os sons.
Não há nada a fazer, senão continuar a ser estimulado, o mais engraçado acontece quando tenho o Implante Coclear activado, as consequências sofrem uma mudança repentina ao aperceber a diferença sonora de dois diapositivos electrónicos distintos.
Um agudo e grave, outro simplesmente transmite sons graves.
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