
Depois de ter feito a afinação, fui fazer audiometria pela segunda vez com o Implante Coclear, sentei no meio de duas colunas gigantes que se escondiam atrás de mim – bastava levantar o braço em cada som produzido, seja agudo ou grave.
O P. assistia assombrado, a me observar em cada mão erguida ao tecto, sinal de que ouvira, ficou momentaneamente incrédulo a tentar escutar também determinadas frequências.As feições do seu rosto interrogavam a eficácia do Implante Coclear, e riu-se com o Técnico J.H. – estupefacto!
Estavam a rir do quê? Não fazia ideia! Entretanto, lá continuei a finalidade do exame e á posteriori deu-se por terminado. A impressora esculpia o gráfico no papel em tinta, e fazia um barulho atinado a ecoar na sala. O P. finalmente explica a razão das gargalhadas “tu ouves melhor que eu agora, houve frequências muito baixas que nem consegui captar!” pensei para mim: “não me digas, estás a ficar surdo?”
Desejosa, em ter os resultados á mão, a minha visão alucinada lera os aspectos gráficos, primeiro em decibéis e depois as frequências, o meu pensamento entrou em ebulição “Como é possível? Como é possível? Mas como é possível o Implante Coclear fazer uma enorme diferença?!” e “Nunca tive tantos decibéis em toda a vida depois de Surda!”.
Dos 40 a 30 decibéis para os 30 a 20 decibéis.
Tenho ou não razões para sorrir?
2 comentários:
é um facto que ouvimos "mais" do que uma pessoa normal, e sabe tão bem! lol
tens todos os motivos para sorrir, sim. e hás-de ter muitos mais :)
beijinhos
Então agora está tudo ok?
Preparada para ouvir os segredos e sussurros dos outros? lol
Agora é que vai ser!
;-)
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