Não podia deixar este dia em branco, faço precisamente hoje dois meses de activada, que entrei no mundo dos sons. Também é importante para mim, relatar o processo evolutivo para mais tarde recordar e saborear de novo essas experiências inesquecíveis. Se alguém me perguntasse, “se pudesses voltar atrás farias de novo o Implante Coclear?” Claro que sim! Quem me conhece, sabe que vou directa ao desconhecido, gosto de arriscar e dou o tudo por tudo!
As descobertas sonoras não pararam de crescer:
Estava ali, sentada na escada sozinha, observando o prédio onde a minha avó vive, a estrada nacional rugia motores, a noite era como uma lanterna, um círculo de claridade desnudava no meio do espaço vazio, uma árvore de Nespereira.
Tudo ficou silencioso, sem esperar, surgiu uma pequena corrente de ar, que fez abanar os ramos e escuto na suavidade uma folha a cair e a rolar no solo… fiquei INCRÈDULA!
A Violeta com a cauda a acenar, ofegante a olhar para mim e a língua de fora revelava o entusiasmo, consegui ouvir a sua respiração, de tão cansada estava fazia um som tão lindo e quando tinha sede lá bebia água, salpicos pulavam na tigela!
Ou estar na cozinha a cortar o pão, o escovar os dentes no silêncio da noite, a melodia de uma simples gargalhada no escuro. O assoar do nariz. O terrível berbequim no Hospital dos Covões foi capaz de interromper por momentos uma conversa divertida com uma amiga especial, que fora implantada.
O elevador dos vidros do carro, espectáculo! A passagem de um comboio na serra, o delicioso churrasco ouvindo a madeira a ser engolida pelo lume, o chocalho das cabras, o tocar suavemente no corrimão, escutar o camião a passar na estrada nacional acerca de 600 metros! Rolas brancas a cantar.
No quintal, na sessão de fonética, ouvi ao de leve um pássaro a voar baixinho, batendo as suas asas! O secador do cabelo é irritante. E os três apitos agudos do processador de fala, anunciando que daqui cinco minutos as pilhas vão acabar – só pode, estou tão babada por ti Sun Melody.
Um dia estava de mãos dadas a passear com o meu namorado, passamos pelas bombas de gasolina e a minha percepção auditiva conseguia captar o barulho do trânsito.
Camionetas, carros e motas por todo o lado, intenso e incomodativo, tudo me soava familiar. Aparece um som diferente, muito agudo e altíssimo no meio daqueles ruídos caóticos, tento procurar mas é difícil, tão imperceptível e escondido estava.
Perguntei-lhe, até lhe descrevi o som, era uma pessoa a encher o pneu de um carro a escassos 40 metros – UAU - de olhos arregalados!
São muitos sons diferentes, peculiares e distintos de muitos outros, mergulhei na cidade de todos os encantos sonoros.
As descobertas sonoras não pararam de crescer:
Estava ali, sentada na escada sozinha, observando o prédio onde a minha avó vive, a estrada nacional rugia motores, a noite era como uma lanterna, um círculo de claridade desnudava no meio do espaço vazio, uma árvore de Nespereira.
Tudo ficou silencioso, sem esperar, surgiu uma pequena corrente de ar, que fez abanar os ramos e escuto na suavidade uma folha a cair e a rolar no solo… fiquei INCRÈDULA!
A Violeta com a cauda a acenar, ofegante a olhar para mim e a língua de fora revelava o entusiasmo, consegui ouvir a sua respiração, de tão cansada estava fazia um som tão lindo e quando tinha sede lá bebia água, salpicos pulavam na tigela!
Ou estar na cozinha a cortar o pão, o escovar os dentes no silêncio da noite, a melodia de uma simples gargalhada no escuro. O assoar do nariz. O terrível berbequim no Hospital dos Covões foi capaz de interromper por momentos uma conversa divertida com uma amiga especial, que fora implantada.
O elevador dos vidros do carro, espectáculo! A passagem de um comboio na serra, o delicioso churrasco ouvindo a madeira a ser engolida pelo lume, o chocalho das cabras, o tocar suavemente no corrimão, escutar o camião a passar na estrada nacional acerca de 600 metros! Rolas brancas a cantar.
No quintal, na sessão de fonética, ouvi ao de leve um pássaro a voar baixinho, batendo as suas asas! O secador do cabelo é irritante. E os três apitos agudos do processador de fala, anunciando que daqui cinco minutos as pilhas vão acabar – só pode, estou tão babada por ti Sun Melody.
Um dia estava de mãos dadas a passear com o meu namorado, passamos pelas bombas de gasolina e a minha percepção auditiva conseguia captar o barulho do trânsito.
Camionetas, carros e motas por todo o lado, intenso e incomodativo, tudo me soava familiar. Aparece um som diferente, muito agudo e altíssimo no meio daqueles ruídos caóticos, tento procurar mas é difícil, tão imperceptível e escondido estava.
Perguntei-lhe, até lhe descrevi o som, era uma pessoa a encher o pneu de um carro a escassos 40 metros – UAU - de olhos arregalados!
São muitos sons diferentes, peculiares e distintos de muitos outros, mergulhei na cidade de todos os encantos sonoros.
4 comentários:
Olá!
Estou muito feliz com a tua felicidade, acredita!
Obrigada pelas tuas simpáticas palavras no meu blog.
És convidada especial :)
Beijo Silencioso
Minha querida Memorex
Já cá estou de volta:))
Vim só dizer um OLA! e agradecer a visita na minha ausência
Voltarei mais tarde com tempo. Para ler e comentar
Beijos com muito carinho
e eu só já deixo um sorriso muito, muito grande!
gargalhadas e pinotes:)
Amiga, a cada relato seu que leio, me faz ter mais ansiedade pelo início da minha experiência.
Está perto.
Logo, lerás meus relatos acerca da descoberta dos sons.
Um grande abraço com carinho.
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